Ela abre os olhos, continua com a boca perto da minha, me olha e diz que quer dançar...
Tudo bem, temos tempo pra tudo nesta noite. Mais uma cerveja, mais até do que eu posso pagar...
Tudo bem, acaba valendo a pena ver ela dançando com seus amigos, divertindo-se de longe. Talvez ela não se importe tanto, afinal é só diversão, ela tem razão.
Me flagro pensando na possibilidade de atrapalhar sua festa, calar aquele sorriso com a minha boca. Acabo hesitando e até me permito sorrir por dentro assistindo à sua felicidade. É perceptível que ela, às vezes, acaba encontrando meus olhos estacionados nela e me encara de volta por um momento. Mal chego a sentir ciumes do encantador charme com que ela dança com qualquer rapaz desajeitado.
Novamente, tudo bem.
Ela não é minha e nem de mais ninguém, não nesta noite. Não há motivos pra antecipar ou atropelar nada agora. Vou sair pra fumar um cigarro do lado de fora e conversar um pouco com as pessoas que estão lá.
E ela?
Deixe ela dançar...
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