"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."


Friedrich Nietzsche



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Como o amor... Talvez.

Se te incomodas, não te satisfaz; Se ainda pensa em tudo aquilo, por que não me procuras? Se a distância amplificou a arrogância e mesmo assim você não sabe se deve continuar, por que não me procuras?
Por que vinde a mim se nada tem à dizer? Apenas respirar o mesmo ar? Profanar o mesmo lar? Por que vens se nada tens à me falar. Se nada mostra-me e nada quero ver?


Não... Você não é mais que um reflexo, mais que um retrato, muito menos que um quadro na parede. Torna-se hoje muito menos do que era ontem. Perde-se pelos dias por andar de alma nua, perdendo se aos muitos, entre prédios e ruas.
Mas tudo bem, agora volta a procurar em outras faces a minha fisionomia, em outros gestos a minha grosseria. Tudo que me definia pra ti, tudo que chamou-lhe a atenção e, em seguida, despedaçou sua consideração, como se o imã que atrái, em um segundo, afastasse tudo.
Não... Você não é o que permite-se ser; não é o que busca ser. Você não é mais você do que eu. Nunca foi perfeita para alguém e nunca saberás se um dia ainda será. De tudo o que diz ser és apenas algo: atriz. Uma atriz de meias verdades, que tenta a todo tempo se definir e se explicar, que está viva, nesse mundo, mas isso não basta.
Mas saiba que não quero nada com tudo isso, acostumei-me com bem pouco. Se não vens, não é porque esqueceste do caminho, mas sim porque te negaste a trilhá-lo. Não me importo com teu destino, tampouco sobre suas escolhas. "Venha quando quiser, ligue, chame, escreva", venha com teu sim ou com teu não. Só não me engane mais com teu talvez.

2 comentários:

Renan.Pires disse...

sempre o talvez...

Juliana disse...

E que atores não temos sido, ãh? Quantos de teus amigos, teus familiares, não atuam perante ti, escondendo-te a verdade e mostando-te o que queres ver?
A vida é um imenso palco, amigo. Escolhemos para nós apenas os papéis mais agradáveis, relegando ao outro o papel de vilão. Quanta culpa tens tu na atuação do outro? Quem te disse que ele age assim porque quer, e não porque tu o obrigaste?
A vida é mesmo um imenso palco. Cabe a ti a decisão de rever os espetáculos tristes ou partir em busca de novas tragédias, ou comédias.
Continuemos enganando a nós mesmos... façamos parte desta imensa comédia que é este mundo.