"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."


Friedrich Nietzsche



terça-feira, 12 de outubro de 2010

Há pouco tempo atrás...

...o assunto era o medo, de perder, de ganhar, de tentar e falhar ou desistir e se arrepender. Hoje quero falar sobre o que deveriamos fazer ou deveriamos ter feito. De tudo que nos traz medo, todo o cuidado e o que repelimos, a única parte de que não deveriamos nos separar ou esquecer é de como era amar, de como conseguir isso de novo, de como criar isso a partir de um futuro sem garantias.
As vezes penso que nosso único erro é se defender demais, se blindar de tudo, não ter coragem de sentir o que sempre se quis. Falo porque sei, não porque me disseram, mas sim por isso ter acontecido comigo também. Todo esse medo, do futuro instável, do destino imprevisível, de não saber se devemos dar o próximo passo ou não. Eu já passei por isso e perdi muito por isso.
Admiro o senso de proteção natural que envolve algumas pessoas, mas quando paro pra pensar em segurança e estabilidade, me lembro de repente de quando eu era feliz, bem feliz, e corria pra longe de toda e qualquer garantia de que tudo seria certo e feito sob medida para as minhas necessidades e realizações.
Uma época em que tudo se parecia com uma queda livre, mas que eu não me preocupava se o pára-quedas abriria ou não, apenas admirava o momento, com a certeza de que ele não voltaria por mais que outros saltos viessem em seguida, mas também com a certeza de que outros saltos seriam tão bons quanto os anteriores e que se um dia eu chegasse ao chão antes de o pára-quedas se abrir teria, mesmo assim,  valido a pena os momentos de dúvida e incerteza que tive, mas nunca os momentos de hesito.

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