"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."


Friedrich Nietzsche



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Soneto à solidão

Proibiste que a minha voz saísse
Como se pudesse me emudecer
Como se pudesse me ensurdecer
Evitaste, ainda que eu te ouvisse

Negaste-me o teu pouco veneno
E recusaste-me esta tua doença
Envolveste-me com a tua dança.
Enganaste-me com olhar sereno

Foste além de onde o céu é mar
De onde esta culpa é absolvição
Bem de onde este silêncio é voz.

Chegaste onde não dá pra voltar
Pra entender que a nossa solidão
É ruim demais para seguir à sós.

André Rossetto

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